O casamento de Dado Dolabella e Viviane Sarahyba emociona os 400 convidados, que se esbaldaram em uma festa com participações especiais de Marcelo D2 e MC Marcinho
Em seus últimos minutos como um homem solteiro, Dado Dolabella não exibia a habitual irreverência. Às 21h52 da quarta-feira 24, o ator chorava copiosamente ao seguir até o altar montado na casa de festas Villa Riso, em São Conrado, no Rio de Janeiro, de braços dados com a mãe, a atriz Pepita Rodrigues. A orquestra Delfim tocava "Clarins de Roma", de Verdi, e diante das lágrimas de Dado, muitos dos cerca de 400 convidados se perguntaram como ele reagiria quando estivesse diante da noiva, a publicitária Viviane Sarahyba. Mas as lágrimas deram lugar a um sorriso largo quando ela surgiu, grávida de seis meses, ao som de "Pompa e Circunstância", de Elgar. Dado recebeu Viviane pelas mãos do sogro, o empresário Marcos Antônio de Medeiros. O pai de Dado, Carlos Eduardo Dolabella, foi lembrado por meio de uma escultura de Jesus Cristo talhada em madeira, com um metro de altura colocada no altar. A peça pertencia ao ator, que faleceu em 2003.
Na cerimônia, a atriz Carolina Dieckmann era uma das mais emocionadas. Amiga de infância de Dado, ela e o marido, o diretor Tiago Worcman, formavam um dos 24 casais de padrinhos dos noivos. "Como sei que a Carol é, assim como eu, muito emotiva, combinei que não nos olharíamos, para evitar as lágrimas, mas não adiantou. Choramos muito", contou Pepita. Entre os 48 padrinhos, também estavam os atores Marco Antônio Gimenez e Marcelo Serrado, acompanhado da namorada, Ana Ferraz, o humorista Tom Cavalcante, a cantora Maria Gadú e a prima da noiva, a modelo Daniella Sarahyba. As alianças foram levadas pelo pequeno Fábio, sobrinho de Dado, e Maria Eduarda, filha de Ana Carolina Gouveia Vieira, que também era uma das madrinhas.
O clima de emoção só foi quebrado no final da cerimônia, celebrada pelo padre católico Manoel Antero. Na hora dos votos, ao responder se aceitava Viviane como sua legítima esposa, Dado gritou um "sim" bem enfático, depois reclinou a noiva para um beijo cinematográfico. Alguns convidados riram, outros aplaudiram. E, então, os noivos saíram ao som da "Marcha Nupcial", de Mendelson.
Com um vestido tradicional e romântico assinado por Glorinha Pires Rabello, Viviane recebia elogios de todos os convidados. O modelo ressaltava a bela silhueta da gravidez de seis meses do pequeno Joaquim Valentim, primeiro filho do casal. "Ela engordou apenas seis quilos nesses seis meses. É aquela gravidez saudável que todo mundo deseja. E estamos aguardando esse netinho para a época do Natal. Vai ser um presente e tanto em um ano iluminado como este", disse orgulhosa a mãe da noiva, Lúcia Beatriz Sarahyba.
A cerimônia chegou ao fim por volda das 22h30, com quase duas horas de atraso. O imprevisto ocorreu porque uma das madrinhas, que veio de São Paulo, ficou presa no trânsito. "Eram tantos padrinhos que achávamos que todos já estavam na Villa Riso e pedimos para a Viviane entrar com o carro. Depois, nos demos conta de que estava faltando uma e a Vivi teve de esperá-la por cerca de meia hora dentro do automóvel", disse, bem-humorada, a mãe da noiva.
Por conta do atraso, o cerimonialista Roberto Cohen serviu o jantar logo depois da benção. No cardápio, assinado pela Villa Riso, as opções eram massas (como o capeletti de ricota ao molho de nozes), carnes (filé mignon ao molho de shimeji e ervas) e peixes (como haddock à la crème com alcaparras). Entre os diversos acompanhamentos, destaque para as cebolas e cenouras carameladas, bem como para o arroz de amêndoas. Como sobremesa, suflê de goiaba com calda de catupiry, crêpe suzette e frutas vermelhas flambadas na hora.
Os noivos jantaram reservadamente e depois abriram a pista de dança, que esquentou ao som dos DJs Felipe Venâncio e Papagaio, num repertório que variou do pop internacional e MPB ao funk e samba. Quando a pista estava cheia, MC Marcinho subiu ao palco para dar uma canja surpresa. Depois de entoar um funk, ele convidou Dado e os dois cantaram o hit "Rolex", de autoria do ator. Foi a deixa para o noivo chamar Maria Gadú, que tocou seu repertório suave de MPB, com destaque para "Encontro", a música do casal. "Foi essa canção que embalou meu namoro com a Vivi", disse o noivo.
Depois, Dado voltou ao palco com sua banda Play Mobil, que contou ainda com uma participação especial de Marcelo D2. Nessa altura, boa parte das convidadas já havia abandonado os salto altos e descansavam os pés em pares de sandálias havaianas, com as iniciais dos nomes dos noivos, distribuídas como lembrança da festa. Foi nesse momento que Viviane resolveu jogar o buquê. E ele foi parar nas mãos de Negra Li, que há um ano é casada com o cantor Junior Dread.
A festa prosseguiu, com nada menos do que 20 ritmistas da Portela, que fizeram um carnaval com porta-bandeira e mestre-sala que sacudiu os convidados. Às 4h da manhã, o casal ainda teve fôlego para dançar juntinho, até os amigos de Dado resolverem arremessálo por diversas vezes para o alto. "Era uma festa de jovens, de galera, e de muita gente bonita. Foi lindo ver os amigos dele e dela reunidos", disse Pepita, comentando que a faixa etária da maioria dos convidados era de 25 anos.
A empolgação durou até as 5h30 da manhã de sexta-feira, quando o casal finalmente se despediu dos convidados e seguiu para o Hotel Fasano, em Ipanema, onde passaram a noite de núpcias. Na entrada do hotel, em total sintonia, os dois ainda trocaram beijos e acenaram para os fotógrafos. As famílias dos noivos não confirmam, mas amigos do casal asseguravam que Viviane e Dado escolheram passar sua primeira semana como marido e mulher em uma praia do litoral mexicano.
FONTE: ISTO É GENTE